quinta-feira, 22 de novembro de 2012

5º modo escala menor melódica

Não existem muitos apontamentos a fazer sobre este modo.
 
É um modo que é raramente utilizado. Existem muitos problemas com este modo, o que acaba por realçar as limitações dos métodos tradicionais.
 
No que respeita à sua classificação, temos um acorde dominante (Ex: G7) mas com o grau 13 (ou 6) sendo alterado para b13. (Ex: G7b13)
 
Nesta cifra, as escalas mais usadas são a alterada e a de tons inteiros, que veremos mais à frente.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Links

Este blog nunca teve a pretensão de se transformar numa bíblia de conhecimento.
 
É mais um registo de algumas conclusões que vou tirando à medida que vou aprendendo algumas coisas. Existem outras fontes que servem o propósito de uma forma bem mais competente.
 
A partir de agora temos uma nova componente no blog, onde mostro quais os sites que considero importantes por um motivo ou por outro.
 
A seu devido tempo, apresentarei cada link e irei referenciar algumas coisas que achei particularmente interessantes.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Acorde Lídio Dominante

Chegamos ao acorde Lídio Dominante onde na verdade, existe muito pouco a acrescentar em relação ao post referente ao Acorde Lídio Aumentado.
 
Falando apenas nas diferenças entre estes dois acordes, o que vemos é uma 3ª Maior e uma 7ª menor, característica de um acorde dominante.
 
No entanto, ao tocarmos este modo, deparamo-nos também com um #4, sinónimo de #11.
 
A cifra para este modo seria algo do estilo C7(#11).

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Wannabe-Jazzer - Mr Super Hip Hop

Vou testar uma nova plataforma para partilhar as minhas gravações.
 
É melhor que a que usava anteriormente porque dá para acrescentar alguns comentários em determinados pontos da música o que é excelente para realçar os pontos altos e baixos de cada gravação.
 
Cá vai um take improvisando sobre a 2ª faixa do Volume 2 do Aebersold, um tema intitulado Mr. Super Hip Hop.
 
T218 - TS - Mr Super Hip Hop by roadtojazz

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Acorde Lídio Aumentado

Continuando o estudo da harmonia da escala menor melódica, chegamos ao 3º modo onde encontramos um acorde Lídio Aumentado.
 
Neste acorde temos uma 3ª Maior e uma 7ª Maior sugerindo portanto, um acorde do estilo Eb7M.
 
No entanto, ao escrevermos este modo, deparamo-nos com a #4 e #5 pelo que, a verdadeira notação deste acorde deveria ser Eb 7M #4 #5.
 
Para evitar esta cifra comboio, recorre-se à técnica para omitir algumas das alterações do modo pelo que, decidimos omitir o #4 e ficamos "só" com Eb 7M #5.
 
Ao analisarmos o acorde supracitado no exemplo, verificamos também que a 3ª, #5ª e 7ª do acorde fazem a tríade de G pelo que, também podemos cifrar este acorde em G/Eb. Esta cifra deve ser lida como tríade de G com Eb no baixo.
 
Ao cifrarmos os acordes desta maneira, dizemos que estamos a usar um slash chord (acorde com barra). Teremos um post sobre este tipo de acordes lá mais para a frente.
 
Chamamos a este modo Lídio Aumentado porque na prática temos o modo Lídio (#4) com uma 5ª Aumentada (#5).
 
Para terminar, ficamos a saber também que este é um modo que começou a ser usado nos 60's.

domingo, 21 de outubro de 2012

Sax Masters - Ben Webster

Desafio-vos a encontrarem um saxofonista que consiga ser tão meloso como o mestre Ben Webster.
 
Este homem consegue enternecer o diabo.
 
Ponham-se num ambiente confortável e deixem-se envolver por esta versão de Somewhere over the rainbow.
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Acorde susb9

Hoje vou falar-vos de um acorde bastante interessante, o sus(b9).
 
Para improvisarmos sobre este acorde, temos duas escolhas de escalas:
- o modo frígio
- 2º modo da escala menor melódica
 
A única diferença entre estes dois modos é a 6ª sendo que, é b6 no modo frígio e 6 no 2º modo da escala menor melódica. b6 é muito mais dissonante.
 
Olhando para a 3ª e a 7ª notas do acorde, sugere-se que se pudesse tocar este modo num acorde IIm7. No entanto, a nota b9 impede esta opção.
 
Para finalizar, o mais importante e o que torna este acorde tão interessante; tipicamente, as notas mais importantes de um acorde são a 3ª e a 7ª. Neste acorde específico, as notas mais importantes são a b9, 4ª e 6ª.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Acorde maior-menor

Hoje proponho-me a abordar o primeiro acorde da escala menor, o acorde maior-menor.
 
Antes de começar, queria relembrar que já aqui foi dito que os acordes de 7ª menor funcionam na generalidade como um acorde II.
 
Um acorde de 7ª maior-menor funciona como um acorde menor I - também chamado de acorde menor tónico.
 
Este acorde é frequentemente usado como substituto para os acordes de 7ª menor. No entanto, há que ter algum cuidado; esta substituição só pode ser feita quando o acorde II não faz parte de uma progressão II-V. Outra excepção a ter em conta prende-se com o facto de não podermos fazer a substituição quando a 7ª menor faz parte da melodia.
 
Para terminar, há a dizer que esta substituição não é, de todo, obrigatória. Dá apenas um toque diferente, e não deve ser sobreutilizada.

domingo, 23 de setembro de 2012

Fahir Atakoglu

Hoje gostava de vos apresentar o senhor Fahir Atakoglu.
 
Compositor e pianista turco, este senhor tem monopolizado os meus ouvidos.
 
Tenho andado a ouvir dois álbuns dele que recomendo vivamente:
Instambul in Blue
Faces & Places
 
Já agora, aproveito para dizer que o saxofonista também se desenrasca bem, Bob Franceschini.
 
Aqui deixo a 1ª música do álbum Instambul in Blue.
 
Enjoy!
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Learn the changes and then forget them

Foi Charlie "Bird" Parker que proferiu esta célebre frase que, em jeitos de tradução livre quererá dizer qualquer coisa como; Aprende as mudanças e depois esquece-as.
 
Isto para mim era um simples pensamento engraçado até aparecer um tema onde esta máxima foi posta em prática, ainda que inadvertidamente.
 
Corria o tema Take the A Train. Já tinha dado uma vista de olhos aos acordes e às mudanças e estava alegremente a improvisar quando a determinada altura, apercebo-me que já não estou a prestar atenção aos acordes. Os movimentos do tema eram-me tão naturais que, quando estava a improvisar, não estava a pensar em que nota tinha que cair ou qual o acorde onde estava... era eu, simplesmente a tocar aquele tema.
 
Senti uma liberdade na minha improvisação que até então não tinha sentido. Estava apenas preocupado em fazer sentido no que estava a tocar.
 
A partir deste dia, percebi realmente o que ele queria dizer com isto e resta-me terminar com uma conclusão deveras óbvia: Charlie Bird tinha razão.
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Harmonia de Escalas Menores

Continuando a nossa jornada pela teoria, os próximos posts serão dedicados à introdução da Harmonia de Escalas Menores.
 
Antes de entrarmos mais em detalhe, vamos tecer algumas considerações gerais sobre este tipo de Harmonia. A primeira curiosidade prende-se com a constatação de que o mais pequeno pormenor pode ter uma influência gigante num contexto mais abrangente.
 
O que estou a querer dizer com isto? Sabem qual a diferença entre uma escala maior e menor? Não estamos a falar de escalas menores harmónicas nem melódicas, estamos a falar da simplesmente da escala menor.
 
Pois bem, a única diferença entre estas escalas reside na 3ª nota da escala.
 
Relativamente à tónica, temos uma intervalo de 3ª Maior na escala Maior e uma 3ª menor na escala menor.
 
Realço, é a única diferença!
 
Esta pequena diferença faz com o panorama geral seja amplamente diferente entre estes dois tipos de harmonia.
 
A escala menor começa por ser uma escala muito mais "escura" e exótica. Tem também mais possibilidades de intervalos o que enriquece este tipo de harmonia.
 
A saber:
 
- Ambas as escalas têm 7 modos
 
- A escala maior tem apenas intervalos de 4ª, sendo que apenas um deles não é perfeito, é um trítono.
C_F D_G E_A F_B (trítono) G_C A_D B_E
 
- Já a escala menor tem dois trítonos e uma 3ª Maior
C_F D_G Eb_A (trítono) F_B (trítono) G_C A_D B_Eb (3ª Maior)
 
Por uma razão que ainda não consegui determinar, nem todos os modos têm um nome à semelhança do que acontece na harmonia de escalas maiores. No entanto, vamos falar neles todos.
 
- menor-Maior: Im7M
- 2º modo da escala menor: IIsus(b9)
- Lídio Aumentado: III7M(#5)
- Lídio Dominante: IV(#11)
- 5º modo da escala menor: Im7M/V
- meio diminuto: VI7m(b5)
- alterado ou diminuto de tons inteiros: VII7alt

domingo, 16 de setembro de 2012

Comeback

Por esta altura, já todos os milhares de fãs que durante algum tempo ainda persistiam em cá vir todas as horas ansiando por um novo post, desistiram pensando que o seu ídolo tinha deixado de escrever. Pior... que tinha (glup) deixado de tocar.
 
É verdade que já não escrevo há algum tempo, e isso significa quase exactamente o que parece. Muita indisciplina, sobretudo na parte teórica, que está moribunda.
 
Devo no entanto fazer notar que, no que respeita ao toque, já não é bem assim. Se por um lado tenho negligenciado as minhas rotinas e toda a parte do estudo teórico, no que respeita ao toque, já pia mais fininho. Tenho tocado e tenho improvisado.
 
Não sei quantificar se toda esta abstinência de disciplina tem sido benéfica. De qualquer forma, mais do que qualquer exercício, o fim desta brincadeira toda é a improvisação, e pelo menos isso tenho treinado.
 
Os factores que contribuem para este despiste não são claros e não estão perto de estar resolvidos. Mas vou tentar recuperar as rédeas desta aventura.
 
O facto de não saber a razão destas falhas significará com certeza que esta situação vai repetir-se no futuro, mas fica aqui registado que ainda estou longe de desistir.
 
Faz-me falta um mentor, para me guiar, trocar ideias e sobretudo para me dar alguma pressão para apresentar resultados. Talvez consiga arranjar uma solução.
 
Enquanto não aparece, é continuar fazendo o melhor que posso... não é certamente o suficiente, mas é o meu possível.
 

domingo, 6 de maio de 2012

Modo Lócrio e acorde semi-diminuto

Para terminar este capítulo sobre a Harmonia de escalas maiores, vou-vos apresentar o único modo da escala maior que não tem uma 5ª perfeita, daí o acorde resultante VIIm7(b5).
 
Uma das características deste modo é que a nota b9 deve ser considerada como nota a evitar ou seja, nota a utilizar com muito cuidado, tipicamente apenas como nota de passagem sem grande ênfase.
 
Este modo pode ser substituído pela escala menor harmónica, são ambos válidos.
 
Existe também um modo na escala menor melódica que não tem notas a evitar, mas já veremos.
 
Por agora, encerramos o capítulo sobre Harmonia de escalas maiores e vamos passar para a harmonia das escalas menores.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sax Masters - Paquito D'Rivera

O mestre que vos vou mostrar hoje obriga-me a dizer: "Quando for grande quero ser assim!".
 
Desengane-se aquele que pensa que este senhor se trata de mais um mestre do Jazz puro e duro. Este é um senhor que se notabilizou num estilo muito próprio de Jazz, o Latin Jazz.
 
Os sons do caribe permitem que este senhor espalhe magia sempre que toca, usando linhas melódicas com uma coesão e duração extraordinárias. Parece que está a construir um grande e belo discurso e sempre com uma descontração que apetece mandar chapadas.
 
O vídeo de hoje não é de todo, representativo da monstruosidade que é o Paquito mas tive que escolher este para vocês perceberem a descontração e felicidade com que este tipo de gente do caribe toca este tipo de música.
 
Analisem só a cara do pianista enquanto toca algo que, pelo menos a mim, parece-me complicado...não sei... esse senhor é também outro estúpido da merda, Michel Camilo.
 
Se alguma vez era preciso tocar tanto... enfim! (suspiro)
 
Divirtam-se!
 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Modo Aeólio

Temos hoje mais um post sobre a nossa jornada teórica e para hoje, o tema escolhido é o modo Aeólio.
 
Este modo é frequentemente referido como escala menor natural. Não obstante, é um modo utilizado muito raramente e não há um grande consenso na sua utilização.
 
Como este modo corresponde ao 6º modo de uma escala maior, este pode ser utilizado numa progressão diatónica normal como por exemplo III-VI-II-V.
 
No entanto, mesmo nesta progressão, na grande maioria das vezes, o VI é tocado como acorde dominante, ficando qq coisa do estilo Em7|A7|Dm7|G7.
 
Esta abordagem abre muito mais portas no que respeita à improvisação pois ficamos com muitas opções de alterarmos notas (b9, alt, #9, #11 e por aí adiante).
 
Para terminar, pode afirmar-se que é adequado tocarmos o modo aeólio quando alteramos a 5ª de um acorde ficando com o seguinte exemplo válido Am(b6).
 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sax Masters - Dexter Gordon

Vou iniciar uma espécie de rúbrica no blog para vos falar nos nomes que por algum motivo ou outro me chamaram a atenção e merecem a minha referência por de alguma forma se aproximarem do meu imenso talento. :p
 
Devo já adiantar que, para quem anda nestas andanças, dificilmente encontrará aqui algum nome que não tenha já ouvido. Para além de ser péssimo com nomes, a história não é de todo o meu forte.
 
No entanto, pode ser que consiga nalgum destes posts, referir alguém que ainda não conheçam e para os que estão a iniciar, será certamente uma rúbrica interessante.
 
Não vou aqui expor biografias nem nada que se pareça, há muita coisa na net sobre eles e os mais curiosos poderão avançar a partir daqui. Esta rúbrica apenas identificará os nomes acompanhados de algum som que por aí ande.
 
Para a primeira rúbrica, escolhi o master Dexter Gordon. Este tipo detém o meu troféu de melhor timbre de sax no mundo do Jazz. Para além disso, os seus solos são completamente hipnotizantes. Ele consegue desenvolver ideias e linhas melódicas como poucos.
 
Os álbuns que mais ouço dele e que recomendo vivamente são:
 
Daddy plays the horn
Go!
 
Lá vai ele em Blue Bossa. Enjoy!
 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Modo Frígio e o acorde sus(b9)

Se olharmos para a tabela de modos, era suposto identificarmos o modo frígio quando encontramos um acorde do tipo IIIm7.
 
A relembrar, definimos o modo frígio como sendo:
III- Frígio = 1 b2 b3  4  5 b6 b7
 
No entanto, apesar de estar correcto, não é usual fazê-lo. A nota b6 soa bastante dissonante logo, tanto o acorde como a nota em questão só são abordados em progressões diatónicas (III-VI-II-V). E mesmo esta progressão é muitas vezes reharmonizada logo, este modo é mais utilizado em acordes do tipo sus(b9).
 
Este tipo de acorde traz-nos uma abordagem um pouco diferente daquela que temos abordado anteriormente. Vimos que nos acordes II, V, I as notas mais importantes são a 3ª e a 7ª.
 
Neste tipo de acorde sus(b9) no entanto, as notas mais tocadas e relevantes são a root, b9, 4, 5 e 7.
 
Para os mais distraídos, a definição da nota 9 está aqui.
 
Este acorde é relativamente novo na harmonia do Jazz. Duke Ellington já o tinha usado nos anos 20, mas só nos anos 60, com Coltrane, Shorter e outros é que o popularizaram.
 
Este acorde, tal como os outros acordes do tipo sus, funcionam como acordes dominantes, do tipo V, como tal, tendem para uma resolução para uma 5ª abaixo.
 
Por agora, ficamo-nos por aqui com este acorde no entanto, deixo-vos com duas outras características que serão abordadas mais à frente:
- Este acorde é frequentemente utilizado para substituir outros acordes sus, acordes dominantes e mesmo progressões ii-V
- Existe uma outra escala que podemos tocar sobre este acorde

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O modo Mixolídio e o acorde sus

Não sei se já abordei o acorde sus ou não. De uma forma simplista, a tríade de um Csus é composta pelas notas C,F e G. Ou seja, há uma substituição da 3ª pela 4ª nota.
 
Sus vem de suspenso e se tocarem esta tríade num piano, vão perceber do que estamos a falar. É um acorde muito tenso que anseia por resolução rápida.
 
Ora bem, voltando ao título do post, é de referir que sobre acordes sus normalmente toca-se o modo Mixolídio. A única diferença aqui reside no facto da 4ª não soar a nota evitada, uma vez que esta faz parte do acorde.
 
Os acordes suspensos funcionam como acordes V ou seja, dominantes.
 
Alguns exemplos de acordes suspensos:
- G7sus - G, C, D, F
- F7M/G - G, F, A, C, E
- Dm7/G - G, D, F, A, C
 
Em breve falaremos dos exemplos de acordes que têm uma barra.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Wannabe-Jazzer - Fly me to the Moon

Bom, tenho a certeza que já têm saudades de me ouvir :p
 
Segue aqui uma gravação de um tema que nunca tinha tocado. Foi a primeira vez que olhei para ele.
 
Algumas notas:
- Não liguem aos ataques, mando ali umas pranchadas valentes mas é porque ainda estou a habituar-me a uma boquilha metálica muito sensível, ainda não a domei. :p
 
- O tema é fácil, lento e extremamente intuitivo, pelo menos para mim. Não obstante, não posso deixar realçar que o estudo vale realmente a pena. Já começo a notar uma destreza muito grande a identificar as progressões e a conseguir ligar as mudanças de tom. Muito positivo.
 
Espero que gostem.
 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O modo Lídio e o acorde 7M(#4)

Iniciamos então esta jornada sobre a harmonia de escalas maiores por falar de uma das substituições mais frequentes nos acordes maiores de 7.
 
O modo Lídio pode ser tocado em quase todos os acordes maiores de 7ª. Ou seja, a título de exemplo, podemos quase sempre substituir um acorde C7M por C7M(#4) - tocar Dó Lídio em vez de Dó Jónio. Cria um efeito moderno quando se toca o F# e evita-se a nota evitada F, passe a redundância. :)
 
Este acorde é visto como um acorde moderno.
 
A título de evolução histórica, os músicos pré-bebop já utilizavam a 4ª em acordes dominantes, mas apenas como nota de passagem. Os músicos do bebop passaram a alterar esta nota mas apenas em acordes dominantes. No entanto, atenção que esta alteração em acordes dominantes faz com que o acorde em causa deixe de pertencer a uma escala maior, ficando a pertencer a uma escala menor melódica (abordada num futuro post).
 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Notas a evitar

Bom, antes de começarmos com a harmonia das escalas maiores propriamente ditas, ainda há um conceito a abordar e nada melhor do que começar o post por dizer que o termo é algo infeliz. Esta infelicidade é defendida pelo meu amigo Mark e, pelo decorrer do posto, também vão perceber que o é.
 
A melhor maneira de definirmos estas notas será notas a utilizar com cuidado.
 
Estas notas podem ser utilizadas como notas de passagem, o que se deve evitar é enfatizá-las em determinados contextos.
 
As notas a evitar criam tipicamente uma dissonância muito grande, o que pode ser indesejável à ideia que estamos a construir.
 
No entanto, as dissonâncias, quando utilizadas correctamente, não são propriamente más. Podem inclusivamente, trazer muito interesse ao solo pois criam uma tensão muito grande, quebram a monotonia e fornecem energia ao solo.
 
Um simples exemplo de uma nota a evitar é a 4ª nota quando tocamos um acorde maior. Experimentem tocar um acorde de C Maior, e tentar desenvolver uma ideia dentro desse acorde e enfatizem a nota F. Vão ver que cria uma dissonância muito estranha. No entanto, se passarem por ela e resolverem para a 3ª, vão ver que afinal não se passa nada de mais.
 
Se por outro lado, estivermos a tocar fora (conceito explorado mais à frente), então provavelmente, esta nota será a mais interessante para tocar.
 
Na evolução do Jazz, esta nota era evitada pelos músicos pré-bebop, ou era utilizada apenas como nota de passagem.
 
Os pioneiros do bebop por sua vez, subiam esta 4 em meio tom, originando #4 ou #11 ou seja, tocavam o modo Lídio em substituição do modo Jónio.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Harmonia de Escalas Maiores

No que respeita à vertente teórica do blog, vamos começar uma jornada sobre a harmonia de Escalas Maiores.
 
A título de introdução, vamos tecer algumas considerações.
 
Primeiro devemos estar conscientes que num determinado acorde, podemos tocar várias escalas ou modos. Já falámos em algumas, mas vamos relembrar as escolhas mais básicas
 
- Jónio: I7M
- Dórico: IIm7
- Frígio: IIIsus(b9)
- Lídio: IV7M(#4) ou IV7M(#11)
- Mixolídio: V7
- Aeólio:VIm(b6)
- Lócrio: VIIm7(b5)
- Mixolídio: Vsus
 
Para terminar esta introdução, lanço a seguinte questão: Se todos aqueles acordes pertencem à escala de C Maior, porquê pensar em modos e não apenas na escala onde as progressões se encontram?
 
Por causa das notas a evitar. Este tema será abordado no próximo post.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

9,11 e 13 - O que significa?

Para quem já andou a ver umas cifras, certamente deve-se ter perguntado sobre o significado dos 9, 11 e 13 que eventualmente encontraram.
 
Uma explicação muito básica sobre este tema:
 
Se estivermos em C, aprendemos que 5 = G e 7 = B. Ora, os números 9 e 11 aparecem quando prolongamos a escala a mais do que uma oitava, ficando então:
1 - C
2 - D
3 - E
4 - F
5 - G
6 - A
7 - B
8 - C
9 - D
10 - E
11 - F
12 - G
13 - A
14 - B
 
Para justificar a utilização dos números 9 e 11, vamos também estabelecer uma outra regra. Os acordes são construídos por intervalos de 3ª e só acrescentando mais do que uma oitava é que obtemos todas as notas da escala:
1 - C
3 - E
5 - G
7 - B
9 - D
11 - F
13 - A
 
Em termos de leitura, podemos estabelecer que:
2 = 9 = D
4 = 11 = F
6 = 13 = A
 
No que respeita às cifras propriamente ditas, posso dizer pela minha experiência que:
 - Em 99% dos casos, se quisermos referenciar a 2ª nota da escala, encontramos um 9 (Ex: Esus(b9))
 - No entanto, na referência à 4ª nota da escala, já encontramos um rácio mais equilibrado, talvez na ordem dos 50-50 (Ex: F7M(#4) e F7M(#11))
 - Já em relação à 6ª nota da escala, ainda não encontrei muitos casos onde fosse referenciada numa cifra, mas tipicamente, tendem a ser utilizados de uma forma equilibrada também.
 
Uma maneira simples de nos familiarizarmos com esta numeração é descrever uma escala como sendo:
root, 9, 3, 11, 5, 13, 7

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Aplicações Android

Até há muito pouco tempo, eu era daqueles indivíduos que achava que um telemóvel servia apenas para fazer e receber chamadas e como tal, teimava em ter um telefone muito rudimentar que apenas servia para esse efeito.
 
Quando comecei a ver esta moda dos smartphones pensava cá para mim que era apenas mais uma paneleirice. No entanto, passado algum tempo, comecei a pensar se não seria eu a ser um pouco obtuso e a armar-me em esquisito ao negar a utilidade do bicho.
 
Decidi portanto presentear-me com um telefone esperto android. E esta decisão não poderia ter sido melhor. Estou rendido às suas funcionalidades e já sou capaz de debater com qualquer um sobre este novo conceito de telemóvel. Desde ir à internet, à panóplia de aplicações que estes dispositivos apresentam, cedo rendi-me às evidências.
 
Neste momento tenho um telefone que faz e recebe chamadas, vai à internet, tenho uma agenda pessoal, GPS e ainda... wait for it... serve de assistente musical!!
 
É verdade, instalei umas quantas aplicações de música que fazem do meu novo telefone, um espectacular assistente musical.
 
Vamos lá falar das aplicações que instalei então:
 
- Mobile Metronome - Metrónomo
- gStrings - Afinador
- Musical Lite - Teclado
- Audio Speed Changer - uma app que altera a velocidade de uma música sem alterar o tom
- Interval Recognition - treinador de ouvido (identificar intervalos, escalas e acordes)
- Jazz Radio.com - Aplicação que disponibiliza vários radios on-line só com música de Jazz
- iReal b - Todas as aplicações que referi anteriormente são gratuitas. Esta é a única pela qual tive que pagar 8€ para ter mas vale cada cêntimo. É sem dúvida uma aplicação imperdível para quem anda nestas andanças. Muito basicamente, isto é uma aplicação que serve de playalong e tem todos os temas que vocês podem imaginar e ainda mais alguns, cifrados!! A cada tema podemos alterar o tempo, o tom, e inclusivamente o tipo de ritmo que o acompanha. Também podemos compor e alterar os temas que entretanto puxámos para o telefone. BRUTAL!!
 
Em suma, se puderem ter um smartphone e ainda não têm, comprem!! Eu compraria um aparelho só pelas aplicações de música, quanto mais para tudo o resto.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Teoria de Acordes/Escalas

O último post sobre Jazz Modal serve de prelúdio ao próximo grande capítulo onde vamos abordar a Teoria de acordes/escalas.
 
A título de introdução para este capítulo, venho reforçar algumas premissas que fazem deste capítulo, um capítulo fundamental no caminho para o desenvolvimento do jazzador.
 
Esta revolução surgiu nos anos 50/60, e como já referimos, é um dos grandes marcos na história do Jazz: o começo do pensamento horizontal (escalas e modos) como complemento ao pensamento vertical (acordes).
 
Com esta nova forma de pensamento, abrem-se muitas portas no que respeita à improvisação pois muitas mais opções ficam disponíveis quando se aborda um tema.
 
De ora em diante, iremos sempre tentar associar as cifras a escalas e modos, mais do que aos acordes propriamente ditos.
 
Neste capítulo, iremos falar sobre a harmonia dos tipos de escala consideradas principais e que já nos vão dar muito trabalho, a saber:
 
- Escala Maior
- Escala Menor Melódica
- Escala Diminuta
- Escala de Tons Inteiros
 
Para quem já percebe alguma coisa de música, sabe certamente que estes não são os únicos tipos de escala disponíveis, mas o meu amigo Mark é que sabe e, por agora, ele só quer falar nestas, portanto, como bom aprendiz, vou fazer o mesmo.

terça-feira, 27 de março de 2012

Jazz Modal

Vou hoje abordar de uma forma muito superficial um conceito que representa um dos grandes marcos na história do Jazz, o Jazz Modal.
 
Naturalmente, muito mais há a dizer sobre o tema do que aquilo que aqui falo. No entanto relembro, que estes são apenas os meus apontamentos sobre o livro de teoria do Mark Levine e o que encontram aqui escrito são apenas algumas considerações que eu considero relevantes.
 
A melhor e mais curta definição para Jazz Modal consiste em duas premissas, poucos acordes e muito espaço.
 
Podemos dizer que este conceito nasceu com o tema So What de Miles Davis, no álbum Kind of Blue.
 
É um tema muito característico, tendo uma estrutura muito simples:
16 compassos em Dm7; 8 compassos em Ebm7; 8 compassos em Dm7
 
Este conceito trouxe muito mais espaço a cada acorde, o que obrigou os músicos a centrarem-se mais em escalas e modos do que nos acordes propriamente ditos.
 
Podemos afirmar que foi a partir desta altura que houve uma quebra na forma de abordar o Jazz. Em vez de pensarmos de uma forma vertical, abordando cada acorde, começou-se a perspectivar um maior interesse num pensamento horizontal, em escalas e modos.
 
Instanciando esta afirmação ao tema So What, este discurso torna-se perceptível uma vez q, se durante 16 compassos temos apenas um acorde (Dm7) temos aqui um problema para resolver se pensássemos apenas em acordes, ficaria demasiado monótono.
 
Em baixo, segue o tema que é absolutamente obrigatório para qualquer jazzadorzeco que se preze.
 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Modo Lócrio

Como já foi dito, toda esta exposição teórica segue os meus apontamentos tirados do livro de teoria do Jazz de Mark Levine.
 
Seguindo a sua linha de pensamento, vamos abordar o modo lócrio de uma maneira muito superficial nesta fase.
 
O que podemos dizer sobre este modo nesta altura do campeonato?
 
Estrutura genérica:
1 b2 b3 4 b5 b6 b7
 
Para caracterizar o acorde, vamos então analisar os intervalos das notas que o compõem:
Qual o intervalo de 1 para 3? -> 3ª menor
Qual o intervalo de 1 para 5? -> 5ª diminuta
Qual o intervalo de 1 para b7? -> 7ª menor
 
Ora, tendo em conta que saltámos uns quantos modos (Frígio, Lídio e Aeólio) e não vamos nesta fase, tecer mais comentários quanto a eles, porque raio fala o Mark deste acorde?
 
A minha opinião é que falamos deste acorde por ser o único que não tem uma 5ª Perfeita originando um tipo de acorde que até aqui ainda não vimos: o acorde meio-diminuto.
 
A cifra mais usada para este acorde é VIIφ (este símbolo pretende ser uma espécie de "o" minusculo cortado ao meio, mas também se utiliza com muita frequência a cifra VII-7(b5)
 
Exemplo: Em Dó Maior, o acorde que sugere o modo lócrio é cifrado como B-7(b5).

terça-feira, 6 de março de 2012

Como funciona a música

Para o leitor mais atento, este relato tem sido um pouco intermitente. Devo dizer que mesmo na minha aventura, as coisas não têm corrido de feição.
 
De qualquer forma, esta é mais uma tentativa para me tentar disciplinar nesta maratona.
 
E que melhor forma de recomeçar esta aventura do que partilhar com vocês uma série de vídeos muito interessantes sobre como funciona a música.
 
Este é apenas o primeiro vídeo, mas depois podem aproveitar a lista que vos aparece no final para visualizarem o documentário todo.
 
Aconselho vivamente.
 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Wannabe-Jazzer - Só Danço Samba

E como não há duas sem três, mais outro tema. Um sambinha para animar a malta... já cheira a carnaval!!

Antes de retomar a aventura a 100%, com direito a lições de teoria e tudo, preciso de fazer uma pausa para me concentrar num trabalho que tenho em mãos. Mas em Março, espero ter tempo para voltar a concentrar-me na teoria e a partilhar esta jornada com vocês.

Enjoy!

 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Wannabe-Jazzer - All of Me

O que está a dar agora é partilhar alguns temas que gravei.

Este foi gravado nos últimos dias de Dezembro.

E quem é que não conhece este...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Wannabe-Jazzer - The East of the Sun

Não tenho investido muito tempo na teoria. É seguramente algo em que tenho que apostar. No entanto, esta aventura não se compadece apenas de estudo. É preciso tocar!!

Apesar de todas as contrariedades, continuo a tocar, não tanto como desejado mas continuo.

Eis um tema bem calminho que gravei em Outubro.