Vou hoje abordar de uma forma muito superficial um conceito que representa um dos grandes marcos na história do Jazz, o Jazz Modal.
Naturalmente, muito mais há a dizer sobre o tema do que aquilo que aqui falo. No entanto relembro, que estes são apenas os meus apontamentos sobre o livro de teoria do Mark Levine e o que encontram aqui escrito são apenas algumas considerações que eu considero relevantes.
A melhor e mais curta definição para Jazz Modal consiste em duas premissas, poucos acordes e muito espaço.
Podemos dizer que este conceito nasceu com o tema So What de Miles Davis, no álbum Kind of Blue.
É um tema muito característico, tendo uma estrutura muito simples:
16 compassos em Dm7; 8 compassos em Ebm7; 8 compassos em Dm7
16 compassos em Dm7; 8 compassos em Ebm7; 8 compassos em Dm7
Este conceito trouxe muito mais espaço a cada acorde, o que obrigou os músicos a centrarem-se mais em escalas e modos do que nos acordes propriamente ditos.
Podemos afirmar que foi a partir desta altura que houve uma quebra na forma de abordar o Jazz. Em vez de pensarmos de uma forma vertical, abordando cada acorde, começou-se a perspectivar um maior interesse num pensamento horizontal, em escalas e modos.
Instanciando esta afirmação ao tema So What, este discurso torna-se perceptível uma vez q, se durante 16 compassos temos apenas um acorde (Dm7) temos aqui um problema para resolver se pensássemos apenas em acordes, ficaria demasiado monótono.
Em baixo, segue o tema que é absolutamente obrigatório para qualquer jazzadorzeco que se preze.
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