domingo, 23 de setembro de 2012

Fahir Atakoglu

Hoje gostava de vos apresentar o senhor Fahir Atakoglu.
 
Compositor e pianista turco, este senhor tem monopolizado os meus ouvidos.
 
Tenho andado a ouvir dois álbuns dele que recomendo vivamente:
Instambul in Blue
Faces & Places
 
Já agora, aproveito para dizer que o saxofonista também se desenrasca bem, Bob Franceschini.
 
Aqui deixo a 1ª música do álbum Instambul in Blue.
 
Enjoy!
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Learn the changes and then forget them

Foi Charlie "Bird" Parker que proferiu esta célebre frase que, em jeitos de tradução livre quererá dizer qualquer coisa como; Aprende as mudanças e depois esquece-as.
 
Isto para mim era um simples pensamento engraçado até aparecer um tema onde esta máxima foi posta em prática, ainda que inadvertidamente.
 
Corria o tema Take the A Train. Já tinha dado uma vista de olhos aos acordes e às mudanças e estava alegremente a improvisar quando a determinada altura, apercebo-me que já não estou a prestar atenção aos acordes. Os movimentos do tema eram-me tão naturais que, quando estava a improvisar, não estava a pensar em que nota tinha que cair ou qual o acorde onde estava... era eu, simplesmente a tocar aquele tema.
 
Senti uma liberdade na minha improvisação que até então não tinha sentido. Estava apenas preocupado em fazer sentido no que estava a tocar.
 
A partir deste dia, percebi realmente o que ele queria dizer com isto e resta-me terminar com uma conclusão deveras óbvia: Charlie Bird tinha razão.
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Harmonia de Escalas Menores

Continuando a nossa jornada pela teoria, os próximos posts serão dedicados à introdução da Harmonia de Escalas Menores.
 
Antes de entrarmos mais em detalhe, vamos tecer algumas considerações gerais sobre este tipo de Harmonia. A primeira curiosidade prende-se com a constatação de que o mais pequeno pormenor pode ter uma influência gigante num contexto mais abrangente.
 
O que estou a querer dizer com isto? Sabem qual a diferença entre uma escala maior e menor? Não estamos a falar de escalas menores harmónicas nem melódicas, estamos a falar da simplesmente da escala menor.
 
Pois bem, a única diferença entre estas escalas reside na 3ª nota da escala.
 
Relativamente à tónica, temos uma intervalo de 3ª Maior na escala Maior e uma 3ª menor na escala menor.
 
Realço, é a única diferença!
 
Esta pequena diferença faz com o panorama geral seja amplamente diferente entre estes dois tipos de harmonia.
 
A escala menor começa por ser uma escala muito mais "escura" e exótica. Tem também mais possibilidades de intervalos o que enriquece este tipo de harmonia.
 
A saber:
 
- Ambas as escalas têm 7 modos
 
- A escala maior tem apenas intervalos de 4ª, sendo que apenas um deles não é perfeito, é um trítono.
C_F D_G E_A F_B (trítono) G_C A_D B_E
 
- Já a escala menor tem dois trítonos e uma 3ª Maior
C_F D_G Eb_A (trítono) F_B (trítono) G_C A_D B_Eb (3ª Maior)
 
Por uma razão que ainda não consegui determinar, nem todos os modos têm um nome à semelhança do que acontece na harmonia de escalas maiores. No entanto, vamos falar neles todos.
 
- menor-Maior: Im7M
- 2º modo da escala menor: IIsus(b9)
- Lídio Aumentado: III7M(#5)
- Lídio Dominante: IV(#11)
- 5º modo da escala menor: Im7M/V
- meio diminuto: VI7m(b5)
- alterado ou diminuto de tons inteiros: VII7alt

domingo, 16 de setembro de 2012

Comeback

Por esta altura, já todos os milhares de fãs que durante algum tempo ainda persistiam em cá vir todas as horas ansiando por um novo post, desistiram pensando que o seu ídolo tinha deixado de escrever. Pior... que tinha (glup) deixado de tocar.
 
É verdade que já não escrevo há algum tempo, e isso significa quase exactamente o que parece. Muita indisciplina, sobretudo na parte teórica, que está moribunda.
 
Devo no entanto fazer notar que, no que respeita ao toque, já não é bem assim. Se por um lado tenho negligenciado as minhas rotinas e toda a parte do estudo teórico, no que respeita ao toque, já pia mais fininho. Tenho tocado e tenho improvisado.
 
Não sei quantificar se toda esta abstinência de disciplina tem sido benéfica. De qualquer forma, mais do que qualquer exercício, o fim desta brincadeira toda é a improvisação, e pelo menos isso tenho treinado.
 
Os factores que contribuem para este despiste não são claros e não estão perto de estar resolvidos. Mas vou tentar recuperar as rédeas desta aventura.
 
O facto de não saber a razão destas falhas significará com certeza que esta situação vai repetir-se no futuro, mas fica aqui registado que ainda estou longe de desistir.
 
Faz-me falta um mentor, para me guiar, trocar ideias e sobretudo para me dar alguma pressão para apresentar resultados. Talvez consiga arranjar uma solução.
 
Enquanto não aparece, é continuar fazendo o melhor que posso... não é certamente o suficiente, mas é o meu possível.