quinta-feira, 29 de março de 2012

Teoria de Acordes/Escalas

O último post sobre Jazz Modal serve de prelúdio ao próximo grande capítulo onde vamos abordar a Teoria de acordes/escalas.
 
A título de introdução para este capítulo, venho reforçar algumas premissas que fazem deste capítulo, um capítulo fundamental no caminho para o desenvolvimento do jazzador.
 
Esta revolução surgiu nos anos 50/60, e como já referimos, é um dos grandes marcos na história do Jazz: o começo do pensamento horizontal (escalas e modos) como complemento ao pensamento vertical (acordes).
 
Com esta nova forma de pensamento, abrem-se muitas portas no que respeita à improvisação pois muitas mais opções ficam disponíveis quando se aborda um tema.
 
De ora em diante, iremos sempre tentar associar as cifras a escalas e modos, mais do que aos acordes propriamente ditos.
 
Neste capítulo, iremos falar sobre a harmonia dos tipos de escala consideradas principais e que já nos vão dar muito trabalho, a saber:
 
- Escala Maior
- Escala Menor Melódica
- Escala Diminuta
- Escala de Tons Inteiros
 
Para quem já percebe alguma coisa de música, sabe certamente que estes não são os únicos tipos de escala disponíveis, mas o meu amigo Mark é que sabe e, por agora, ele só quer falar nestas, portanto, como bom aprendiz, vou fazer o mesmo.

terça-feira, 27 de março de 2012

Jazz Modal

Vou hoje abordar de uma forma muito superficial um conceito que representa um dos grandes marcos na história do Jazz, o Jazz Modal.
 
Naturalmente, muito mais há a dizer sobre o tema do que aquilo que aqui falo. No entanto relembro, que estes são apenas os meus apontamentos sobre o livro de teoria do Mark Levine e o que encontram aqui escrito são apenas algumas considerações que eu considero relevantes.
 
A melhor e mais curta definição para Jazz Modal consiste em duas premissas, poucos acordes e muito espaço.
 
Podemos dizer que este conceito nasceu com o tema So What de Miles Davis, no álbum Kind of Blue.
 
É um tema muito característico, tendo uma estrutura muito simples:
16 compassos em Dm7; 8 compassos em Ebm7; 8 compassos em Dm7
 
Este conceito trouxe muito mais espaço a cada acorde, o que obrigou os músicos a centrarem-se mais em escalas e modos do que nos acordes propriamente ditos.
 
Podemos afirmar que foi a partir desta altura que houve uma quebra na forma de abordar o Jazz. Em vez de pensarmos de uma forma vertical, abordando cada acorde, começou-se a perspectivar um maior interesse num pensamento horizontal, em escalas e modos.
 
Instanciando esta afirmação ao tema So What, este discurso torna-se perceptível uma vez q, se durante 16 compassos temos apenas um acorde (Dm7) temos aqui um problema para resolver se pensássemos apenas em acordes, ficaria demasiado monótono.
 
Em baixo, segue o tema que é absolutamente obrigatório para qualquer jazzadorzeco que se preze.
 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Modo Lócrio

Como já foi dito, toda esta exposição teórica segue os meus apontamentos tirados do livro de teoria do Jazz de Mark Levine.
 
Seguindo a sua linha de pensamento, vamos abordar o modo lócrio de uma maneira muito superficial nesta fase.
 
O que podemos dizer sobre este modo nesta altura do campeonato?
 
Estrutura genérica:
1 b2 b3 4 b5 b6 b7
 
Para caracterizar o acorde, vamos então analisar os intervalos das notas que o compõem:
Qual o intervalo de 1 para 3? -> 3ª menor
Qual o intervalo de 1 para 5? -> 5ª diminuta
Qual o intervalo de 1 para b7? -> 7ª menor
 
Ora, tendo em conta que saltámos uns quantos modos (Frígio, Lídio e Aeólio) e não vamos nesta fase, tecer mais comentários quanto a eles, porque raio fala o Mark deste acorde?
 
A minha opinião é que falamos deste acorde por ser o único que não tem uma 5ª Perfeita originando um tipo de acorde que até aqui ainda não vimos: o acorde meio-diminuto.
 
A cifra mais usada para este acorde é VIIφ (este símbolo pretende ser uma espécie de "o" minusculo cortado ao meio, mas também se utiliza com muita frequência a cifra VII-7(b5)
 
Exemplo: Em Dó Maior, o acorde que sugere o modo lócrio é cifrado como B-7(b5).

terça-feira, 6 de março de 2012

Como funciona a música

Para o leitor mais atento, este relato tem sido um pouco intermitente. Devo dizer que mesmo na minha aventura, as coisas não têm corrido de feição.
 
De qualquer forma, esta é mais uma tentativa para me tentar disciplinar nesta maratona.
 
E que melhor forma de recomeçar esta aventura do que partilhar com vocês uma série de vídeos muito interessantes sobre como funciona a música.
 
Este é apenas o primeiro vídeo, mas depois podem aproveitar a lista que vos aparece no final para visualizarem o documentário todo.
 
Aconselho vivamente.