Bom, antes de começarmos com a harmonia das escalas maiores propriamente ditas, ainda há um conceito a abordar e nada melhor do que começar o post por dizer que o termo é algo infeliz. Esta infelicidade é defendida pelo meu amigo Mark e, pelo decorrer do posto, também vão perceber que o é.
A melhor maneira de definirmos estas notas será notas a utilizar com cuidado.
Estas notas podem ser utilizadas como notas de passagem, o que se deve evitar é enfatizá-las em determinados contextos.
As notas a evitar criam tipicamente uma dissonância muito grande, o que pode ser indesejável à ideia que estamos a construir.
No entanto, as dissonâncias, quando utilizadas correctamente, não são propriamente más. Podem inclusivamente, trazer muito interesse ao solo pois criam uma tensão muito grande, quebram a monotonia e fornecem energia ao solo.
Um simples exemplo de uma nota a evitar é a 4ª nota quando tocamos um acorde maior. Experimentem tocar um acorde de C Maior, e tentar desenvolver uma ideia dentro desse acorde e enfatizem a nota F. Vão ver que cria uma dissonância muito estranha. No entanto, se passarem por ela e resolverem para a 3ª, vão ver que afinal não se passa nada de mais.
Se por outro lado, estivermos a tocar fora (conceito explorado mais à frente), então provavelmente, esta nota será a mais interessante para tocar.
Na evolução do Jazz, esta nota era evitada pelos músicos pré-bebop, ou era utilizada apenas como nota de passagem.
Os pioneiros do bebop por sua vez, subiam esta 4 em meio tom, originando #4 ou #11 ou seja, tocavam o modo Lídio em substituição do modo Jónio.
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